Bicicleteiro Paulo

Nome: Paulo Nascimento da Silva

Local da entrevista: Avenida 17 de agosto.

Hora da entrevista: 13h10.

Idade: 42 anos.

Escolaridade: Estudou mais ou menos até os 13 anos.

Bairro onde vive: San Martin.

Trabalho: Borracheiro.

Tempo de bike: 12 anos.

Trajeto de bike: Paulo Nascimento tem uma borracharia na Ceasa, então seu caminho diário é de San Martin para Ceasa, mas faz serviços diversos em outras áreas da cidade, como Jaboatão, Boa Viagem e Casa Amarela.

Frequência do uso da bike: Todos os dias. 

História da bike: Tem a mesma bicicleta há 1 ano.

Motivo para pedalar: Para trabalho, disse que raramente pega um ônibus, pois acredita que a bicicleta é mais rápida e também mais segura. 

Sugestões de melhoras para o uso da bike na cidade: Ele gostaria que houvesse uma parte da rua que fosse só para as bicicletas, pois os carros e os motoristas de ônibus não estão preocupados com as bicicletas.

Obs: No momento da entrevista, como podemos ver na foto, Paulo Nascimento levava 12 pneus pendurados ao redor de toda a bicicleta. Disse ele que chega a carregar 20 kg nessa bicicleta e que o que tinha só pesava 9kg. Ele conta que nunca sofreu um acidente de bicicleta, que tem quatro filhos e todos andam de bicicleta.

Paulo Nascimento tem uma atrofia na mão direita acarretada por um acidente quando fazia serviço em um caminhão, por isso hoje em dia, em sua oficina, em frente a Ceasa, só atende carros pequenos.

Bicicleteiro Antônio

Nome: Antônio Pereira Filho.

Local da entrevista: Casa Forte, edifício onde trabalha.

Hora da entrevista: 12h48.

Idade: 41 anos.

Escolaridade: Apenas iniciou os estudos, mas parou para trabalhar.

Bairro onde vive: Nova Descoberta.

Trabalho: Zelador de edifício.

Tempo de bike: Mais de 25 anos.

Trajeto de bike: Nova Descoberta até Casa Forte e também de onde trabalhar para Casa Amarela.

Frequência do uso da bike: Todos os dias. 

História da bike: Comprou a bicicleta atual há 7 meses que já veio totalmente equipada. Tem sistema de amortecedores e retrovisor.

Motivo para pedalar: Para trabalho e para outras necessidades eventuais. 

Sugestões de melhoras para o uso da bike na cidade: Acredita que com a ciclofaixa de Casa Amarela ficou bem melhor andar de bicicleta e gostaria que houvesse mais pela cidade.

Obs: Antônio nunca sofreu acidente andando de bicicleta e gosta muito de andar, inclusive, anda também dia domingo quando não tem que trabalhar. Um dos seus quatro filhos, de 12 anos, também o acompanha de bicicleta nos domingos, pois ele quer que o rapaz se acostume a pedalar pela cidade. Na sua bicicleta ele tem a sineta e os retrovisores que lhe ajudam a se orientar melhor no trânsito.

Bicicleteiro Jamerson

Nome: Jamerson Alves

Local da entrevista: Casa Forte, edifício onde trabalha.

Hora da entrevista: 17h47.

Idade: 46 anos.

Escolaridade: Tem o segundo grau completo (ensino médio).

Bairro onde vive: Nova Descoberta.

Trabalho: Porteiro de edifício.

Tempo de bike: 10 anos.

Trajeto de bike: Nova Descoberta até Casa Forte, pela Avenida Norte.

Frequência do uso da bike: Todos os dias. 

História da bike: A bicicleta atual tem há três meses e já fez muitas mudanças nela.

Motivo para pedalar: Para trabalho e para se exercitar também.

Sugestões de melhoras para o uso da bike na cidade: Maior sinalização para as faixas do ciclistas.

Obs: Jamerson é casado e tem duas filhas, uma de 22 e outra de 19 anos, todos em sua casa têm e andam de bicicleta. Ele disse que gosta muito de pedalar pois assim não polui o ambiente e fica mais saudável, inclusive anda nos seus dias de folga para manter o exercício. 

Sofreu pela primeira vez um acidente quando um carro que saia da garagem de um edifício colidiu contra ele que ia passando no mesmo momento de bicicleta. Diz também que viveu em Fortaleza durante 15 anos e que lá havia ciclovias e era muito melhor para circular de bicicleta. 

Bicicleteiro Ramiro

Nome: Ramiro Albino da Silva

Local da entrevista: Cruzamento da rua Velha com a rua Dr. José Mariano - Boa Vista.

Hora da entrevista: 12h30.

Idade: 50 anos.

Escolaridade: Estudou até a 5ª série (6º ano), mas não concluiu. 

Bairro onde vive: Joana Bezerra.

Trabalho: Vigilante.

Tempo de bike: 20 anos.

Trajeto de bike: Vai para qualquer lugar de Recife de bicicleta saindo do Joana Bezerra.

Frequência do uso da bike: Todos os dias. 

História da bike: Tem a mesma bicicleta há 18 anos.

Motivo para pedalar: Para trabalho, lazer e necessidades gerais.

Sugestões de melhoras para o uso da bike na cidade: Acredita que deveria ter ciclovias na cidade e que os motoristas deveriam respeitar mais as pessoas na bicicleta.

Obs: Ramiro tem dois filhos, o mais novo, de 11 anos estava andando com ele no quadro da bicicleta. O outro tem 16 anos e também anda de bicicleta. Senhor Ramiro gosta muito de pedalar e nunca sofreu nenhum acidente, usa iluminação dianteira e traseira e buzina na sua bike. Só prefere pegar ônibus quando vai a praia, pois sabe que vai tomar uma cerveja e não gosta de beber e pedalar com o filho no quadro.

Bicicleteiro Marcos

Nome: Marcos Rodrigues da Silva.

Local da entrevista: Rua Edson Álvares, Casa Forte.

Hora da entrevista: 17h.

Idade: 46 anos.

Escolaridade: Estudou mas não concluiu. 

Bairro onde vive: Guabiraba.

Trabalho: Trabalha como zelador de um edifício.

Tempo de bike: 22 anos.

Trajeto de bike: Sai da Guabiraba - Macaxeira - Eurico Chaves - Casa Forte e volta pela Avenida Norte.

Frequência do uso da bike: Todos os dias. 

História da bike: A sua bicicleta já tem 22 anos e a comprou quando aprendeu finalmente a pedalar. De original nela hoje em dia só tem o quadro e o Z (onde ficam o pedal).

Motivo para pedalar: Usa a bicicleta para trabalhar. Segundo Marcos, o ônibus estressa muito pela demora e quantidade de gente.

Sugestões de melhoras para o uso da bike na cidade: Ele gostaria que tivesse ciclofaixa em todos os lugares.

Obs: Marcos nunca sofreu um acidente de bike, gosta muito de pedalar, não usa nenhum tipo de proteção, mas disse que logo terá que começar a usar. Ele tem um irmão que também anda de bicicleta pra trabalhar.

Bicicleteiro Erinaldo

Nome: Erinaldo Herne da Silva.

Local da entrevista: Fundação Joaquim Nabuco.

Hora da entrevista: 17h.

Idade: 31 anos.

Escolaridade: Estudou até a 4ª série, mas não concluiu. 

Bairro onde vive: San Martin.

Trabalho: Trabalha como auxiliar de serviçoes gerais.

Tempo de bike: 15 anos.

Trajeto de bike: Saindo de San Martin, vai por toda Abdias de Carvalho até o Derby. Não usa bike nos finais de semana.

Frequência do uso da bike: De segunda a sexta. 

História da bike: Tem a mesma bicicleta há 14 anos, comprou de um conhecido já usada porque sonhava em ter uma bicicleta Monark, pois gosta por ser pesada.

Motivo para pedalar: Usa a bicicleta para trabalhar. Detesta ônibus porque sempre pega muito trânsito na linha que passa no seu bairro e sempre muito cheio de gente.

Sugestões de melhoras para o uso da bike na cidade: Acha que a cidade precisa de ciclovias interligadas para facilitar a vida dos bicicleteiros. Também considera os motoristas muito estressados e muitos dos bicicleteiros irresponsáveis, inclusive ele mesmo, que todo dia pega contra mão em algumas vias, vendo necessidade de reeducação no trânsito por parte da população.

Obs: Erinaldo é casado e sua esposa está se mobilizando para comprar também uma bicicleta e começar a usar como meio de transporte. Tem filhos gêmeos, que todo dia deixa de bike na creche e vai buscar quando larga do trabalho as 17h. Adora andar de bicicleta e tem certeza que gastaria o triplo do tempo de fizesse o percurso de ônibus, mas nos finais de semana prefere passear com a família de carro.

Bicicleteiro Paulo

Nome: Paulo Roberto de Oliveira Nunes.

Local da entrevista: Parque de Exposição do Cordeiro.

Hora da entrevista: 08h30.

Idade: 17 anos.

Escolaridade: Estudou até a 8ª série (9º ano do ensino fundamental) e quer voltar para terminar. 

Bairro onde vive: Madalena.

Trabalho: Trabalha em uma concessionária de carros.

Tempo de bike: 7 anos.

Trajeto de bike: Circulo entre os bairros da Madalena e da Caxangá. Nos fins de semana vai da Madalena até Aldeia fazer trilha.

Frequência do uso da bike: Todos os dias. 

História da bike: Faz um ano que usa a bicicleta que tem agora.

Motivo para pedalar: Usa a bicicleta para trabalhar e para passear. Acredita que a bicicleta em um "quebra galho" e que pode chegar mais rápido com ela aos lugares que precisa ir.

Sugestões de melhoras para o uso da bike na cidade: Acredita que as pessoas que andam de bicicleta deveriam ser mais corretos no trânsito, pois a pista foi feita para os carros e quando o bicicleteiro corre demais, sobre em calçadas e passa na frente dos carros, sofre acidentes.

Obs: Paulo tem mais quatro irmãos e ele e o mais velho andam de bicicleta. Seu pai também anda de bicicleta. Disse que gosta muito de andar de bicicleta e que começou com 10 anos circulando pelo seu bairro e aos 15 anos foi quando começou a pedalar pela cidade. Aos domingos faz trilha em Aldeia com o irmãos e os amigos.

Bicicleteira Patrícia

Nome: Patrícia Matias da Silva Almeida

Local da entrevista: Ao lado da Igreja do Pina.

Hora da entrevista: 17h30.

Idade: 34 anos.

Bairro onde vive: Pina.

Trabalho: Atendente.

Tempo de bike: 17 anos.

Trajeto de bike: Vai do Pina até Boa Viagem, depois busca as filhas em Brasília Teimosa e volta para o Pina.

Frequência do uso da bike: Todos os dias. 

História da bike: Faz um ano que usa a bicicleta que tem agora.

Motivo para pedalar: Usa a bicicleta para trabalhar e para levar e buscar as filhas no colégio.

Sugestões de melhoras para o uso da bike na cidade: Faixa para ciclistas, especialmente na Via Mangue.

Obs: Patrícia diz que já roubaram três bicicletas sua.

Bicicleteiro Isaque

Nome: Isaque Alvez de Amorim

Local da entrevista: Praia do Pina, na entrada de Brasília Teimosa.

Hora da entrevista: 16h30

Idade: 27 anos.

Bairro onde vive: Brasília Teimosa (Buraco da véia).

Trabalho: Garçon e barraqueiro na praia.

Tempo de bike: 17 anos.

Trajeto de bike: Vai de Brasília Teimosa para a praia do Pina e também de Brasília Teimosa para o Cordeiro (Pina-Coque-Abdias de Carvalho-Av. Caxangá).

Frequência do uso da bike: Todos os dias (Sai as 6h e volta as 18h). 

História da bike: A bicicleta que está usando era do seu pai que faleceu a menos de dois meses e tem mais ou menos dois anos. Segundo Isaque seu pai a deixou como presente.

Motivo para pedalar: Usa a bicicleta para trabalhar e para visitar a família que vive no Cordeiro, além de usar para comprar material para a barraca durante o dia inteiro.

Sugestões de melhoras para o uso da bike na cidade: Gostaria que tivesse um local exclusivo para as bicicletas passarem, pois os motoristas não respeitam as pessoas de bicicleta.

Obs: Isaque disse que gosta muito de andar de bicicleta, assim disse que fica mais saudável e com o corpo em forma. Acredita que pode tomar uma cerveja e ainda assim andar de bicicleta, o que não poderia fazer se estivesse de moto ou de carro. Desde os 10 anos anda de bicicleta e um pouco mais velho já andava para longe do bairro e trabalhava fazendo frete em um mercado.

Bicicleteira Ana

Nome: Ana Lúcia da Silva Cavalcanti .

Local da entrevista: Rua Alfredo Fernandes, Casa Forte, próximo a Mcdonalds.

Hora da entrevista: 16h.

Idade: 38 anos.

Bairro onde mora: cidade de Olinda.

Trabalho: Doméstica.

Tempo de bike: 8 anos.

Trajeto de bike: Do Varadouro em Olinda (Peixinhos - Sítio Novo - Arruda - Casa Forte) a Casa Forte.

Frequência do uso da bike: Todos os dias. 

História da bike: A bicicleta que está usando tem dois anos e a comprou para a filha quando completou 10 anos.

Motivo para pedalar: Vai para o trabalho e usa a bike também para fazer compras, acredita que assim chega mais rápido.

Sugestões de melhoras para o uso da bike na cidade: Gostaria que houvesse faixa exclusiva para bicicletas e que os motoristas de ônibus respeitassem mais as pessoas de bicicleta.

Obs: Gosta de andar de bike e na sua casa todos andam, suas duas filhas de 13 e 18 anos já usam a bicicleta como meio de transporte e seu marido, disse ela, parece que nasceu montado numa bicicleta.

Bicicleteiro Albenício

Nome: Albenício Claudino Silva.

Local da entrevista: Em frente a Fundaj do Derby.

Hora da entrevista: 14h30.

Idade: 59 anos.

Bairro onde vive: Curado II.

Trabalho: Carteiro.

Tempo de bike: 15 anos.

Trajeto de bike: Da Encruzilhada até o Derby onde entrega cartas.

Frequência do uso da bike: Todos os dias em horário de trabalho.

História da bike: A bicicleta que usa é dos correios, mas já a usa faz 5 anos.

Motivo para pedalar: Trabalho.

Sugestões de melhoras para o uso da bike na cidade: Ele diz que se houvesse ciclovias ligando o Curado até o centro ele usaria.

Obs: Gosta de andar de bicicleta por que assim se exercita e tem liberdade de chegar nos lugares. Prefere não comprar uma bicicleta boa e mais leve porque acredita que seria roubado.

Albenício recebeu o título de carteiro padrão dos correios em 2005 por seu desempenho no trabalho e seu trato com as pessoas que recebem cartas dele.

Bicicleteira Glauciete

Nome: Glauciete Rodrigues da Silva

Local da entrevista: Parque de Santana.

Hora da entrevista: 14h.

Idade: 45 anos.

Bairro onde vive: Torrões.

Trabalho: Faxineira e manicure.

Trajeto de bike: Do bairro de Torrões para todas as áreas da cidade, incluindo trajetos para Olinda.

Frequência do uso da bike: Todos os dias e durante a noite quando precisa.

História da bike: Tem uma bicicleta há 15 anos, mas a que aparece na foto é mais nova e disse que havia acabado de ganhar de uma pessoa para quem ela faz faxina.

Tempo de bike: 15 anos.

Motivo para pedalar: Não tem condições financeiras para comprar um carro e então trabalha, passeia e usa a bike para outras necessidades básicas.

Sugestões de melhoras para o uso da bike na cidade: Glauciete diz que acha que os carros na rua têm prioridade, então ela tenta respeitar o espaço deles, por isso ela acredita que deveria existir um espaço para as bicicletas e que os motoristas deviam respeitar também.

 Obs: Glauciete andou durante a segunda gestação de bicicleta até os 7 meses. Seu marido e seus dois filhos, um de 25 e o outro de 14 anos, andam também de bicicleta. O mais novo ainda não vai até o centro da cidade, mas anda pelo bairro e proximidades. Diz também que já os acostumou a andar de bicicleta desde que eram novinhos. 

Disse que nunca sofreu um acidente, mas conta que uma vez um carro passou tão próximo que a fez cair no meio fio, ficando com um machucado no abdomen por muito tempo.

Hoje mesmo, afirmou que ameaçou cair novamente quando um taxista passou muito perto dela em cima da ciclofaixa.